A QUEBRA DA ROMANTIZAÇÃO DA MATERNIDADE EM O PESO DO PÁSSARO MORTO: REFLEXÕES ACERCA DA MATERNIDADE NA LITERATURA E NO DIREITO
Resumo
O presente trabalho trata da construção da “maternidade” ao longo da história, do surgimento do conceito do amor materno, assim como da romantização da maternidade vista na Arte e nos discursos midiáticos, refletindo-se sobre as implicações no âmbito do Direito. A obra O peso do pássaro morto, de Aline Bei, é explorado por trazer a ruptura da visão romantizada da maternidade. O problema de pesquisa objeto de investigação é “Como a romantização da maternidade trazida na Literatura e na Arte influencia no entendimento do que é ser mãe e reflete nos direitos das mulheres e em como o Estado trata da maternidade?”. O objetivo geral é demonstrar a romantização da maternidade na Arte e na mídia. O objetivo específico é analisar o Direito e a Literatura sob o ponto de vista da maternidade e como as duas áreas de conhecimento estão relacionadas. A pesquisa é bibliográfica e os métodos de abordagem utilizados foram o histórico e dedutivo. Concluiu-se que a idealização do que é ser mãe e dos padrões intangíveis impostos às mulheres na contemporaneidade perpetuados pela Arte e pela mídia, alcançam a esfera do Direito e cerceiam a autonomia da mulher e seus direitos sexuais e reprodutivos.