A tela urbana: a proteção jurídica ao grafite no direito brasileiro e comparado

Autores/as

  • Marco Aurélio Mayer Duarte Neto Universidade Federal da Paraíba
  • Lucca Petri Tomaz Felinto Universidade Federal da Paraíba

Palabras clave:

Direito da arte, grafite, direito patrimonial de autor, direitos autorais.

Resumen

O grafite enseja uma proteção diferenciada e um olhar mais atento a suas características peculiares. Essa forma mais notável da arte de rua recentemente vem se propagando como forma de expressão característica do cenário urbano mundial, carregando em si a efemeridade e informalidade do cotidiano das metrópoles. Contudo, a excentricidade de seu meio de reprodução - as paredes e muros do espaço público urbano - faz com que esses desenhos e pinturas a aerossol sejam objetos de diversos litígios jurídicos no Brasil e no mundo. O direito, enquanto ferramenta com função de resolver conflitos e proteger os interesses de uma sociedade cada vez mais complexa, participa como ferramenta de proteção à arte, mas ainda carece de medidas inibitórias relacionadas à proteção do patrimônio cultural urbano. Partindo dessas constatações, faremos uma análise de casos da jurisprudência brasileira e estrangeira envolvendo o grafite, com o objetivo de compreender como é feita a proteção jurídica à arte de rua no Brasil e em certas jurisdições de direito comparado, estudar o alcance, a efetividade e a aplicação da legislação brasileira nos casos envolvendo o grafite e identificar as formas jurídicas de tutela à arte urbana no Brasil como solução à proteção do grafite.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marco Aurélio Mayer Duarte Neto, Universidade Federal da Paraíba

Graduando em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, Paraíba, Brasil. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/4673667345307430. E-mail: marcomayerdneto@gmail.com

Lucca Petri Tomaz Felinto, Universidade Federal da Paraíba

Graduando em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, Paraíba, Brasil. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3396042975049016. E-mail: luccaptf@yahoo.com.br

Citas

ANSELMO, Annamaria. 2016. Artists or Vandals? Why graffiti art receives less protection than other forms of art and how federal law should be changed to protect graffiti artists. Disponível em: <https://fordhamartlawsociety.com/tag/copyright>. Acesso em: 30 jul. 2016.

BBC. 2014. Copyright settlement for street artist Stik. Disponível em: <http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-28754656>. Acesso em: 30 out. 2016.

BRASIL. Código civil e Constituição Federal. 67. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 19 out. 2016.

BRASIL. Decreto n. 75.699, de 6 de maio de 1975. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D75699.htm>. Acesso em: 19 out. 2016.

BRASIL. Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em 19 out. 2016.

BRASIL. Lei n° 12.408, de 25 de maio de 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12408.htm>

BRASIL. Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm>. Acesso em 19 out. 2016.

CNN. 2015. Fashion house Moschino accused of copying graffiti artist's work. Disponível em: <http://edition.cnn.com/2015/08/09/us/moschino-lawsuit>. Acesso em: 30 out. 2016.

CROUCH, Dennis. Who owns the graffiti? Disponível em: <http://patentlyo.com/patent/2015/09/property-owns-graffiti.html> Acesso em: 10 de out. 2016.

G1. 2016. Beco do Batman é fechado para veículos e tem iluminação ‘reforçada’. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/05/beco-do-batman-e-fechado-para-veiculos-e-tem-iluminacao-reforcada.html> Acesso em: 19 out. 2016

LERMAN, Celia. Protecting Artistic Vandalism: Graffiti And Copyright Law. New York: N.Y.U. Journal of Intellectual Property & Entertainment Law, New York, v. 2, n. 2, p. 295-338, 2013.

OLIVEIRA, Aline Rayane de Souza. Motion Layers: uma dentre muitas leituras possíveis. Revista Interdisciplinar Internacional de Artes Visuais, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 87-98, jun. 2016.

REINO UNIDO. Criminal Damage Act 1971, de 14 de julho de 1971. Disponível em: <http://www.legislation.gov.uk/ukpga/1971/48/section/1>. Acesso em: 23 out. 2016.

SÃO PAULO. 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Apelação Cível nº 0139036-39.2009.8.26.0100. Apelante: Daniel Medeiros (e outros(as)) e Frederico George Barros Day. Apelado: Revista Roxos e Doentes. Relator: Carlos Alberto Garbi. São Paulo, 25 de fevereiro de 2014.

SÃO PAULO. 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Apelação Cível nº 013908490.2012.8.26.0100. Apelante: Editora e Distribuidora - Edipress LTDA. Apelado: Frederico George Barros Day. Relator: Vito Guglielmi. São Paulo, 17 de março de 2016.

STERN, Dillon H. Navigating the Legal Landscape of a Subversive Art Form: Protecting Expression and Neglecting Embodiment. Chicago-Kent Journal of Intellectual Property, Chicago, v. 15, n. 2, p. 555-573, 2016.

TELEGRAPH, The. 2008. Banksy graffiti doubles derelict pub's value. Disponível em: <http://www.telegraph.co.uk/finance/property/house-prices/3541901/Banksy-graffiti-doubles-derelict-pubs-value.html>. Acesso em: 19 set. 2016

UNITED STATES COPYRIGHT OFFICE. 2011. Copyright Law of the United States and related laws contained in Title 17 of the United States Code. Disponível em: <https://www.copyright.gov/title17/circ92.pdf>. Acesso em 20 set. 2016.

Publicado

2017-07-15

Número

Sección

GT 4 Direito e Humanidades