REGIMES DE VISUALIDADE DA VIOLÊNCIA: BIOPODER E TANATOPOLÍTICA EM “ÔNIBUS 174”
Palabras clave:
filme, regimes, visualidade, biopoder, tanatopolíticaResumen
Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de doutorado que investiga o campo de memória em torno da visibilidade e visualidade do sujeito criminoso no cinema identitário brasileiro. O objeto empírico desta análise é o longa metragem Ônibus 174, um filme documental de 2002, dirigido por José Padilha cuja narrativa conta a história do sequestro do ônibus 174 por Sandro Barbosa do Nascimento no ano de 2000 na zona sul do Rio de Janeiro. A partir de uma metodologia arquegenealógica, analisa-se a materialidade fílmica buscando quais regimes de visualidade estão imbricados na construção do discurso sobre a violência ligado aos cenários de baixa renda/favela, e quais as relações de poder - biopoder (Michel Foucault) e tanatopolítica (Giorgio Agamben) - envolvidas nesta construção.
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