UMA REFLEXÃO SOBRE EROSÃO DA COMUNIDADE, DA COMUNICAÇÃO E DA PERCEPÇÃO SIMBÓLICA A PARTIR DO DIREITO À PREGUIÇA
Résumé
O presente trabalho irá, por meio da revisão bibliográfica, refletir sobre a erosão da coletividade e da coesão simbólica, evidenciando a depreciação da literatura em suas potencialidades, a partir da ausência do Direito à Preguiça. Para tanto, analisar-se-á os contornos atuais da sociedade, a partir de Byung Chul Han por um retrato da produtividade, desempenho e do narcisismo coletivo. Nesse processo, a linguagem é capturada para produzir informações – apenas. Sem magia. Sem encanto. Ao mesmo tempo que a sociedade torna narcisista, os símbolos desaparecem. Por esse motivo, avaliar-se-á, a partir de Derrida, a potencialidade – ilimitada – da literatura, que enquanto mediação simbólica é neutralizada por ser uma arma política em constante desconstrução, com a depreciação do seu caráter genuíno através do ataque a linguagem lúdica. Por fim, pretende-se demonstrar a partir do contraponto entre a primazia do trabalho, manipulada e instrumentalizada pelo neoliberalismo, e o Direito a Preguiça de Lafargue, destacando a literatura como possibilidade de libertação da sociedade.